Mopar dos sonhos – Barracuda 67-69

Mopar dos sonhos: Plymouth Barracuda 66-69

Ultimamente os carros pequenos do grupo Chrysler tem me chamando mais atenção do que os grandes Muscles, principalmente os que tem carroceria a-body. Esse é o caso do Mopar dos Sonhos desta postagem, o famoso Plymouth Barracuda. Mas se você acha que estou me referindo ao, já popular, ‘Cuda da década de 70, está engando! Vou dedicar essa postagem à segunda geração, produzida de 1967 até 1969.

Breve histórico (primeira geração 64-66)

O Barracuda foi o primeiro Ponny Car, já acompanhando a tendência européia de esportivos pequenos que estava presente nessa época. Na verdade, a primeira geração de Barracuda era um pacote especial do Plymouth Valiant e contava com duas motorizações apenas, 225 cu.in. Slant-6 o pequeno V8 273 cu.in..

E sempre foi evidente o gostinho da Chrysler por horse power, então, em 1965 é lançado o Formula S, equipado com o motor V8 Commando 273. Esse motor desenvolvia 235hp, fazendo com que o carro chegasse de 0-100 km/h em pouco mais de 10s e completava os 402 metros em 17,7 segundos à 127km/h, sendo a opção de performance desta primeira geração.

 

Segunda geração 67-69

Mas é essa segunda geração que tem me empolgado mais, além de ser um carro maravilhoso, tem um desempenho em pista muito superior aos grandes Muscle, sendo inclusive equiparado com o desempenho de alguns carros europeus da época. E foi a partir de 67 que passou a existir um Barracuda puro sangue, digo isso por que o carro foi re-desenhado por  John E. Herlitz e John Samsen, sendo, dessa forma, totalmente separado da linha Valiant, que além da frente e traseira com design totalmente novo, o carro tinha o desenho lateral no estilo coke bottle. Durante os três anos da segunda geração foram oferecidos três tipos de carroceria:

Notchback, para mim o mais bonito.
Fastback, o com que mais tem cara de esportivo.
Conversível, auto explicativo.

Com o mercado dos Pony Car estabelecido e competitivo, em 1967 a Plymouth ampliou a gama de opções de motorização. O 225 Slant-6 continuou sendo o modelo mais básico, seguido pelo small block 273 cu.in., equipado com bijet ou quadrijet. Caso o futuro proprietário quisesse mais, ainda poderia levar o Barracuda Formula S, equipado com um 383 cu.in. big block, que gerava 280 hp.

No ano seguinte, 1968, o motor 340 cu.in. passou a ser um dos opcionais e o motor 273 foi substituído pelo 318, sendo o menor V8 disponível. O motor 383 Super Commando teve melhorias na admissão, cabeçote, comando, porém os escapes restritos, pelo tamanho do cofre, impediam que a potência final passasse de 300 hp. Nesse mesmo ano, na mesma ideologia da Dodge, colocou o elefante 426 Hemi no Barracuda. Chamado de Super Stock, era um carro destinado a pista de arrancada, inclusive tinha aquele conhecido adesivo de advertência sobre a utilização do carro. Várias peças de fibra de vidro, bancos e carroceria com peso aliviado e nenhum equipamento que não seria usado na pista de corrida! Fazia 10s médio nos 402 metros, direto de fábrica.

   

No último ano dessa geração, 1969, apareceu o modelo ‘Cuda que foi o sucessor do Formula S. Visando a performance, três motores estavam nesse pack, o 340, o 383 e o novo 440 Super Commando. O moto 383 sofreu alguns ajustes e passou a gerar 330 hp. Fora esse foco em força bruta, a Plymouth lançou o opcional Mod Top pegando carona na cultura hippie (leia mais: Mod Top opção de vinil diferente).

 

 

The Hemi Under Glass

Foi mais um carro de exibição preparado pela Hurst Performance, nos anos 60 e 70, quando a guerra entre marcas promovia avanços em performance. Essa foi a época de ouro das corridas de arrancada americanas e durante esse período a Hurst desenvolveu projetos muito interessantes e audaciosos. Entre os mais famosos carro de exibição da época estão 9 Barracudas fabricados entre 65 e 68, porém utilizados até 1975, o The Hemi Under Glass.

O projeto inicial previa a intalação de um motor 426 Hemi na parte traseira do carro, logo abaixo do vidro de trás, e por isso o nome. O objetivo era construir um carro que desse resultados melhores no 1/4 de milha, já que teria muito mais tração pelo deslocamento do motor. Mas os primeiros testes em pista demonstraram a impossibilidade de se manter as rodas dianteiras no chão. Fizeram diversas tentativas de fazer com que o carro tracionasse e ainda sim ficasse com as quatro rodas no asfalto. Todas fracassaram. Foi então que perceberam que tinham um carro para whellie, e todo desenvolvimento depois disso foi nesse sentido.

Pilotado por Bob Riggle, fez centenas de milhares de fãs irem à loucura, percorrendo os 402 metros com as duas rodas dianteiras no ar. Até hoje diversos fãns lembram detalhadamente o momento quando viram o Barracuda empinando pela primeira vez!

 

 

Seguimos conversando.

Monc

(fontes: theselvedgeyard.wordpress.com, allpar.com, Wikipedia)

Um comentário em “Mopar dos sonhos – Barracuda 67-69”

  1. Estive no MATS 2012 em Las Vegas, e ví pessoalmente o que essa cuda pode fazer, atravessou os 400m nas rodas traseiras e foi até o final na pista assim, animal !!!!!
    Até tirei uma foto com o Mr Riggle, ganhei ainda um poster autografado.
    Parabéns pelas postagens.
    Abraço
    Alex

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