Escapamento novo para o Dart

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Escapamento novo para o Dart

Uma das primeiras peças que retirei do Dodge para a reconstrução da suspensão foi o escapamento, pois fica com muito mais espaço para trabalhar. Apesar de ser extremamente difícil de se fazer sozinho, vale a pena para o resto do desmonte. Ele ainda tinha o “y”  original , para quem não sabe os dois canos que saem dos coletores se juntam, daí em diante vai somente uma saída até o final do carro. Se não me engano essa era a configuração mais tradicional dos Darts. Uns 4 anos antes de fazer esse trabalho, retirei o silencioso original e substituí por um “turbão”, como é conhecido por aqui, com o objetivo de ter um barulho mais interessante no carro. O resultado foi bem mais ou menos. Bom, depois que terminei de montar toda a suspensão, decidi deixar o escape aberto, então cortei o cano logo antes do, ainda novo, silencioso.

Curti muito a zoeira do carro nos primeiros dias, chamando atenção em todo lugar que passava. Ainda mais quando estava com o Ged e o Ramirez, que também têm V8 com escape aberto, uma barulheira só. À caminho dos encontros de terça feira no Autódromo Internacional Nelson Piquet, sempre passávamos em lugares estratégicos para uma zoada básica, como bares, restaurantes e faculdades que estavam no caminho. Outra expectativa que tinha era de alguma alteração, mesmo que mínima eu sei, no desempenho do carro dada a diminuição da restrição. Resultado, nada perceptível para mim.

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Mas acabou! Aquele barulhinho meio racing me encheu o saco! Não sou muito o tipo de antigomobilista que gosta de sair por aí causando o maior impacto que puder, seja pro lado “bom” ou “ruim”. Então decidi montar um escape novo para o Dart, mais uma etapa de grana e trabalho. Aqui em Brasília tem duas lojas conhecidas para fazer escapamento, a WR Escapamentos e a Reforcel, acabei escolhendo a WR. Porém o que mais interferiu foi a distância e o tempo, me parece que as duas fazem excelentes trabalhos e tem sucessos e insucessos na história, como todos. Até então não conhecia nenhuma das duas. Felizmente esse final de ano estou sem tempo, devido ao trabalho.

Cheguei na oficina tarde,  por volta da 11h30 da manhã, e o trabalho no carro começou por volta das 13h, mais ou menos. O escape foi feito em seis peças diferentes, bem cortadas e soldadas. A primeira parte, de 2″, sai do coletor e passa por entre as peças de suspensão, liberando o caminho para o resto do escape, a segunda parte. Soldada nesse primeiro estágio e cuidadosamente dobrado, vai até 40 cm antes do diferencial e mede 2,5″. Na ponta, a terceira parte são dois abafadores bem grandes, conhecidos como JK e tiveram a ponta refeita para direcionar o ar para baixo. A ultima parte foi “H”, logo embaixo da junção do câmbio com o cardã. Sai de lá ás 17h25 e foram umas cinco horas de muitas conversas e dúvidas, sempre quero conhecer e saber como as pessoas fazem seu trabalho. O Fábio, que fez o escape, comentou tudo comigo numa boa, sempre tranquilo e sabendo bem o que está fazendo.

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Gostei do resultado estético e sonoro, apesar de ainda ter ficado bem alto. A única coisa ruim é que ele faz um barulho muito constante e grave numa velocidade de cruzeiro com pouca variação, isso tem me deixar meio louco!! Acho que no futuro vou ter que ligar para o meu amigo Igor e pedir um par de Drawmaster. A minha expectativa de alguma esperteza a mais no carro, furou de novo. Como ficou duplo e bem mais grosso que o original, achei que daria mais vazão de gás a ponto de alterar alguma coisa, principalmente depois de 4.000 rpm.

Fica  dica aí galera!

Seguimos conversando.

Monc