Mais livros técnicos

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Mais livros técnicos

Bom pessoal, algumas notícias ruins. O Dart está parado, uma das buchas do tirante estourou e o carro puxa muito para a esquerda quando freia, pois atrasa bastante a roda. Já pedi a bucha na Summit e deve chegar na próxima semana. Vou publicar uma postagem mostrando o conserto e finalizando o alinhamento do carro. Mas antes disso, chegaram mais três livros para a minha biblioteca de mecânica.

Como tenho pensando muito em Webers, dois dos três livros são sobre o assunto. Um deles foi escrito em 1992 por John Passini e publicado pela  MRP SpeedSport. O outro, de Pat Braden, foi publicado pela famosa HP Book e tem muitas fotos do passo-a-passo para desmontar e montar vários tipos de carburador Weber. Além disso, conta o histórico da marca e explica a confusa nomenclatura utilizada por Edoardo, o fundador da marca. Gostei mais do livro do Pat, por ser mais moderno e mais fácil de ler, sem contar uma grande quantidade de fotos!

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O terceiro deles, e talvez o que eu tenha mais interesse atualmente, é sobre airflow, ou fluxo de ar em motores de combustão interna. Repleto de fórmulas matemáticas, o livro mergulha na ciência da dinâmica dos fluídos, partindo do princípio que o motor nada mais é que uma bomba de ar que gera força mecânica. Portanto a quantidade e a qualidade de ar (mistura ar+combustível) que é capaz de passar pelo motor é que determina o resultado final. A profundidade do mergulho depende do grau de conhecimento e experiência que você tenha, mas é básico o suficiente para um iniciante e leigo nesse tipo de ciência, como eu. Foi escrito por Harold Bettes em 2010 e publicado pela HP Book.

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Seguimos conversando.

Monc

Importando pela BraBox

logoImportando pela BraBox

Iniciando 2013 com mais livros técnicos! Novamente me aventurei na importação pela BraBox, agora com um trio de livros, dois sobre carburador Weber e um sobre airflow em motores de combustão interna. Comprei pela Amazon, que normalmente tem muita coisa legal num preço amigável, e iria enviar diretamente para o Brasil, como normalmente faço, mas tem uma lei norte americana que impede que certos livros sejam enviados para o exterior, já vi isso antes com livros da Mopar. Por isso decidi usar pela segunda vez os serviços da BraBox para trazer essas valiosas informações. Segue os links:

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airflow

Os dois da HP Books (Weber + airflow) foram enviados diretamente da Amazon, o terceiro, da MRP Speedsports (Weber Passini), pelo que entendi, foi enviado de uma outra empresa,  uma espécie de sebo ligado à Amazon. Fiz a compra no dia 14/12/12, já no dia seguinte o par que estava no site da compra foi enviado para a minha caixa postal, o do “sebo” saiu somente no dia dezessete, quando os outros dois chegaram no meu endereço americano. O livro Weber Passini só chegou no dia 26/12, uma dúzia de dias após a compra. O melhor foi que participei de um “test drive” do site da Amazon e o frete interno foi de graça.

Resolvi esperar os três livros, pois tive uma amarga notícia: o frete mínimo cobrado pela BraBox é de US$ 75,0o!!! Portanto, se você tiver interesse em usar os serviços, pense se valerá a pena, principalmente para coisas pequenas e baratas. A promessa é que vai demorar até 30 dias para a encomenda chegar na minha casa, contando de hoje dia 02/01/13, muito mais rápido do que o tempo que normalmente espero pelos livros, cerca de três meses.

Impressões

De alguma forma o serviço da BraBox é necessário quando o produto não pode ser enviado diretamente, como foi o caso dos livros. Apesar de não valer a pena da perspectiva financeira. Se o que você procura nos EUA pode ser enviado direto para o Brasil, opte por isso e de preferência usando o USPS Priority Mail. Outra observação importante é a respeito da qualidade do site, muito lento e com informações não claras. Oferecem atendimento ao cliente por chat, onde todas as minhas dúvidas e perguntas foram objetivamente respondidas, por pessoas que entendem do processo.

Agora e esperar e seguimos conversando.

Monc

Mopar dos sonhos – Dodge Valiant Charger

Dodge Valiant Charger

As vezes enjoo dos Dodges americanos ou brasileiros. Mas fora eles, para onde olhar e ver bons representantes Mopar pelo mundo afora? Bom, dos diversos braços da Chrysler que tivemos, por exemplo na Argentina e na Colômbia, achei legal trazer para você o Charger australiano. Escolhi esse carro por não ser muito comentado por aqui e, também, por algumas características exclusivas da terra do canguru, como o interessante 265 Hemi.

A Chrysler Austrália produziu o Valiant Charger de 1971 até 1978, como um Muscle Car coupé fast back com entre-eixos curto, 111 polegadas. Durante esse periodo o Charger foi montando em cima dos modelos: VH (modelo deste artigo), VJ, VK e CL. A motorização começava com o básico 215 cu.in. até o 360 cu.in., já no final da produção. O modelo VH Valiant Charger de 1971, foi escolhido como foco neste artigo pelo impacto positivo que o seu lançamento gerou na Austrália, uma novidade nunca antes vista no mercado. As mídias especializadas diziam “…the most handsome car Chrysler has ever produced, and probably the best looking car ever produced by an Australian manufacturer” (… o mais belo carro que a Chrysler já produziu, e provalvemente o mais bonito carro poduzido por uma fábrica austrliana).

Hemi 265 cu.in. Six Pack

A história desse motor começa na segunda metade da década de 60, quando engenheiros da Chrylser desenvolviam um novo motor seis cilindros em linha para substituir o Slant Six nas camionetes, que ficou conhecido como D-engine. Coincidentemente, nessa mesma época a filial da Austrália procurava um motor nas mesmas características para equipar os Valiant. Então um protótipo do motor D foi enviado para que os engenheiros australianos continuassem seu desenvolvimento.

A versão inicial desses seis cilindros era um 245 cu.in. (4.0L) com 165 hp@4.600 de potência e 265lb-ft de torque. Foi inicialmente usado no modelo Valiant VG em 1970 e ficou disponível até 1981 no modelo CM. Em 1977 foi lançada uma versão desse mesmo motor com low-compression, 245 cu.in. LC, que passou a equipar os modelos básicos da linha. A taxa caiu de 9,5:1 para 7,6:1, gerando apenas 130hp de potência. Também tinha a versão econômica, 215 cu.in. (3.5L), que compartilhava o mesmo deslocamento, porém com diâmetro menor que os outros blocos. E finalmente o 265 cu.in (4,3L) com diâmetro de cilindro maior que os demais, 3,91 polegadas, o mesmo de muitos small block Mopar. Essa versão intermediária gerava 203hp@4.600 e 262lb.ft@2800.

Mas claro que os engenheiros da Chrysler Austrália desenvolveram algo especial, e esse é mais um dos detalhes interessantes desse carro. O motor para o modelo Charger tinha  o mesmo deslocamento da versão intermediária, 265 cu.in, e cabeçote com câmaras mais hemisféricas e válvulas maiores. Alimentado por três Webers 45 mm DCOE, gerava incríveis 302hp@5.600 e 320lb.ft@4.400 de torque. Escapes dimensionados, comando nervoso e molas de válvulas com mais cargar, também são responsáveis pelo bom desempenho desse motor.

Acho importante comentar que as câmaras de combustão desses motores usavam apenas 35% do que seria o globo. Isso quer dizer que não são motores verdadeiramente Hemis, apesar do formato da câmara ser bem próximo dos gloriosos 426. O nome técnico para isso é low hemispherical shaped chamber, sem traduções lógicas. A nomenclatura Hemi foi usada para a promoção, tendo como suporte o sucesso do Elefante em terrar americanas.

Fotos

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Seguimos conversando.

André Monc