Recomendadíssimo para todo Mopariano.

O melhor fórum de Dodge

Gostaria de  apresentar formalmente o melhor espaço virtual para aprender sobre nossos Dodges, o For A-Bodies Only, ou FABO. Já comentei dele em algumas postagens anteriores, mas acho importante uma apresentação mais detalhada. A Chrysler usava letras para nomear as família de monobloco que fabricava. Tinha A, E, C, B boby, entre outros. Traduzindo ao pé da letra é corpo, mas se refere ao monobloco. Todos os nossos queridos Mopars brasileiros são A-Bodies. Nada mais adequando do que fazer parte de um fórum global, com grande quantidade de informação de qualidade, dedicado exclusivamente à Mopar A-Body. Sugiro que você faça imediatamente seu cadastro.

afabo

Tive o primeiro contato com o FABO durante a minha pesquisa sobre suspensão de Dodge. Não lembro bem como, provavelmente pelo Google, cheguei ao fórum e fiz meu cadastro. Neste momento já havia comprado as peças primeiras peças na Summit. Sem ter muito claro ainda os próximos passos, as vantagens e desvantagens do que eu tinha comprado, resolvi abrir um tópico mostrando o que estava pensando. Foi muito legal a receptividade e interesse dos membros do forum em ajudar e comentar sobre o projeto. Já são mais de 1.800 visitas de pessoas de todo o mundo, e 92 respostas. Quem quiser vem meu “The book is on the table” em ação: Brazilian Mopar.

Foi nesse tópico que conheci o Mário Buzian, que tem dois blogs muito interessantes: Dodge Dart 79 Sumatra – Nosso Carro, Nosso Orgulho!!! e o outro, que é uma coleção belíssima de fotos, o Sumatrianas…. Alias, ele merece um agradecimento, obrigado pelas nossas conversas e o incentivo de se apresentar na postagem do FABO. Agredeço porque, após encontrar um compatriota em um site gringo, resolvi meter as caras aqui no nosso país. Foi então que abri os tópicos no, espero que não definitivamente falecido, fórum do Museu do Dodge e depois a construção desse blog.

fabo

No FABO você encontra tudo sobre mecânica, suspensão, reforma, lanternagem, pintura, rodas, detalhes (um pouco diferente do Dodge brasileiro, mas interessante também), tudo isso em um ambiente agradável e com um chat on line. Faça uma visita para checar e quem sabe tirar aquela sua dúvida sobre  Mopar.

Seguimos conversando.

Monc

Projeto de Amigo

Tributo Hemi Dart

Inauguração de um novo espaço no Blog. Vou mostrar alguns projetos de amigos, principalmente aqui de Brasília, pois tenho acesso constante as informações e conversas! Para começar essa etapa nada melhor que apresentar um belo Mopar brazuca do meu amigo Gedeam Vega. Um belo Dart 76 que está recebendo uma cara totalmente nova.

O projeto se baseia no famoso, e temido, Hemi Dart, uma série mais do que especial feita pela Chrysler na época das grandes disputas entre marcas nas pistas. Claro que a Chevy e a Ford acabaram ficando para trás, nada bate um Hemi de mais de 500 cv num Mopar com menos de 900 kg no 1/4 de milha, e você encontrava essa bomba nas concessionárias. Mas não vamos chegar tão longe! O escopo é basicamente as características do Hemi Dart aplicadas no Dart 76. O que já foi feito: substituição dos bancos originais inteiriços por dois bancos conchas, remoção do banco traseiro, fabricação de moldes dos foros de porta para fazer em alumínio, coifa e manopola da alavanca da Husrt, pneus traseiros 255/60-15 calçados em rodas Magnum 15×8 com miolo original e aro Mangels,  grade completa e friso traseiro do Dart 72, volante Wallrod de Charger, painel de instrumentos do 72 e tampa de válvulas cromadas.

Segue algumas fotos do que está sendo feito, em breve postarei mais fotos das peças com part number e referências.

Normalmente os serviços são executados por nós na sede da nossa organização, que está tomando forma agora. Muitos planos ainda para o futuro, inclusive de mecânica. Conforme forem se tornando realidade, posto aqui para vocês acompanharem!

Seguimos conversando.

André Monc

Sobre projetos

PROJETO DART MONC

Vou dedicar uma postagem para falar um pouco sobre projeto, já que não posso deixar de ser o consultor empresarial que sou. Nos EUA é muito comum escutar as expressões: “Qual é o seu projeto?”, “Meu projeto está caminhado”. Apesar de escutar isso as vezes aqui no Brasil, parece que não é tão forte quanto é por lá. Mas afinal, o que é o projeto para um carro? O que é importante se ter em mente? Que caminho seguir? É sobre essas perguntas, e não necessariamente as suas respostas, que vou tratar nessa postagem. Salientando que, o que for dito aqui é aplicável também no seu projeto de vida, empresarial ou no projeto de uma viagem de fim de ano, claro que de forma ligeiramente diferentes.

Acredito que tudo começa na concepção, ou seja, na identidade do projeto. Todo projeto carrega com si uma identidade que o define e diferencia de outros projetos. Por isso é importante ter claro do que se trata, o que se espera e quais são os objetivos (finais e intermediários). Resumindo, o que você vai ver depois de terminado. Inicialmente, no caso do DartMonc, a concepção do projeto era: reconstruir a suspensão, modificando e melhorando algumas características originas para deixar o carro firme e seguro. Foi isso que me trouxe até as peças que já comprei e a registrar o que estou fazendo, em forma de postagens em fóruns e escrever este blog. Essa é a importância da identidade: eu não comprei carburador, roda, volante, banco, nada que não estivesse no escopo do projeto, mesmo quando apareceram boas oportunidades para tal. O que quero dizer é que a concepção define as ações que tem que serem executadas e o que é necessário aprender. E para isso tem que ter a capacidade de dizer não,  nem todo bom negócio é um bom negócio para o projeto, e nem todo mal negócio é um mal negócio para o projeto.

Mas claro que nem tudo são rosas e tão pouco vivemos num mundo de possibilidades finitas. Alterações e mudanças as vezes têm que serem feitas,  e muitas vezes devem ser feitas. Não há nada de errado nisso, desde que estejam vinculadas à identidade do projeto. No meu projeto a primeira mudança ocorreu após a segunda compra que fiz, o kit da Moog. Pesquisando sobre as vantagens e desvantagens das buchas de poliuretano, acabei decidindo que usaria buchas de borracha no Braço de Controle Inferior (BCI). Por duas razões principais: a primeira por que é sobre o pivô e a bucha o que todo o sistema recebe o primeiro impacto do solo e o transfere para o resto do sistema, e a rigidez do poli não absorve tão bem o impacto quanto a borracha. Segundo porque a bucha de poli não gera pressão suficiente para manter o pivô do BCI no lugar, podendo gerar problemas no alinhamento do carro. Aconselho a utilização de poli no BCI somente associada com o uso de tirante, ou strut-rod, ajustável, sendo possível jogar o BCI um pouco mais para frente, gerando a pressão necessária para manter o pivô no lugar certo, além de favorecer quem busca mais cáster . (fonte: Mopar Muscle Magazine – Tips and Tricks)

E não foi só isso que mudei no corpo do projeto. Tomei conhecimento de uma bucha off-set para o Braço de Controle Superior – BCS,  também fabricada pela Moog, que permite o uso de muito mais caster que as tradicionais. Montadas de forma adequada, que não é a sugerida pelo manual de instalação, é possível atingir cerca de + 5° à +6° de cáster com -0.5° à -1° de câmber, sem nenhuma alteração estrutural ou uso de peças específicas. Lembrando que quanto mais câmber menos cáster, tenha em mente até quanto quer chegar. Não pensei mais e decidi incluir ela na lista de peças necessárias e desejadas.

Resgatando o escopo inicial do projeto: reconstruir a suspensão, modificando e melhorando algumas características originas para deixar o carro firme e seguro, nenhuma dessas alterações estão fora. Elas contemplam o que quero ver quando tudo estiver terminado. Mas o que acontece quando se faz uma mudança estrutural no projeto, ou seja, altera sua identidade? Isso é igualmente possível e tem que ser feito com muita consciência para não perder nada pelo caminho. Comentarei esse assunto em um outra postagem. Por enquanto, lembre-se, seja qual for o projeto, seja de vida, empresa, automóvel, familiar, de carreira, de viagem de férias, sempre estaremos seguindo uma identidade e um objetivo, conhecido ou não. O simples fato de tê-los conscientes e claros, torna o caminho mais seguro e proveitoso.

Seguimos conversando.

Monc

Livros americanos.

HP Books – Ler faz muito bem

Em alguma postagem anterior comentei da importância de se ter livros HOW-TO-DO americanos. Os motivos são muito simples: são baratos (US$ 15 à 20, na maioria dos casos), não pagam impostos para entrar no Brasil, descrevem o passo-a-passo de todos procedimentos, são foto-explicativos, a quantidade de detalhes é grande e vai te ajudar a aprender inglês, principalmente termos técnicos. Caso você seja um gearhead interessado em aprender, é item obrigatório na sua coleção. Neste artigo quero mostrar dois livros, que na minha memória, foram os dois primeiros que comprei.

Lembro que estava navegando na internet a procura de algo que me ajudasse, primeiramente, a desmontar e montar um Mopar V8. Logo encontrei o livro dos autores Don Taylor e Larry Hofer, intitulado:  How To Rebuild Small-Block Mopar Engines. Esse livro é publicado pela HP Books desde 1982. A obra começa com uma breve, breve mesmo, história sobre os queridos blocos pequenos.  Já preparando o leitor para colocar a mão na massa, mostra os principais sintomas de um motor que precisa ser refeito, tais como: consumo excessivo de óleo, pouca potência e as principais causas da perda de potência. Os próximos capítulos abordam desde o procedimento de retirada do motor do carro até a primeira partida. Nesse meio explica a desmontagem e inspeção das peças, limpeza inicial, as primeiras medidas a serem feitas, a retífica, o que é importante observar, etc. Mostra também as diferentes peças que saíram nos 273, 318, 340, TA340 e 360, quais são intercambiáveis e quais não são. Tudo isso de forma bem explicativa e rodeado por fotos, tabelas, gráficos e desenhos. O importante deste livro é que foi o meu primeiro contato visual com as partes internas do motor, mesmo sendo por fotos, dá para ter uma ideia de como são, como funcionam e para que servem. Para quem não tem conhecimento, ou ainda tem conhecimento básico de mecânica, é altamente recomendado.

How to Rebuild1 

Não satisfeito apenas em apenas conhecer o Mopar V8 e suas peças, me perguntava como fazem para tirar uns HP a mais! Junto com a pesquisa do outro livro encontrei esse do Larry Shepard, entitulado How To Hot Rod Small-Blok Mopar Engines, também da HPBooks. Publicado em 2003, abrange todos os blocos pequenos fabricados de 1964 até 1992, trazendo dicas de performance para rua e pista. Assim como o livro de Taylor e Hofer, Shepard traz um histórico, desta vez um pouco mais completo, sobre dos motores A e LA, sendo esse último a base dos motores brasileiros. Em seguida, cada capítulo aborda uma parte do motor: bloco, virabrequim, bielas, pistões, cabeçotes, comando e trem de válvulas, Blueprinting, montagem do motor, sistema de óleo, sistema de refrigeração, sistema de ignição, sistema de indução, sistema de escapamento e por último, adaptação de motores. Da mesma forma que o outro livro, foi meu primeiro contato com as dicas e metodologias de preparação. Já tinha conhecimento bem básico que aprendi em conversas e leituras sobre preparações, mas o nível de detalhe que eles trazem ajuda muito na forma de pensar um motor sistematicamente. Também recomendo para pessoas sem experiência, com pouca experiência e com bastante experiência. Lembre-se, sempre parta do principio que ainda há coisas para aprender.

How to Hot Rod Small 

Nesse segundo caso, uma palavra me chamou atenção Blueprinting. Fiquei tão interessado que passei a pesquisar o significa esse termo e decidi comprar um livro dedicado somente a este tema. Mas esse assunto vai ficar para outro tópico.

Normalmente compro os livros na Amazon.com. Quem tiver interesse busque por lá que facilmente acha!

Seguimos conversando

Monc

SD Design – Ajuda gringa de primeira qualidade.

Livros técnicos

Já tem um tempo que coleciono os livros How-To-Do, são uma excelente fonte de informação para quem curte desvendar os mistérios do seu Muscle Car. Antes eu era mais fissurado na questão da mecânica V8, então comprei praticamente todos os que encontrei destinados a Mopar Small Block. Atualmente tenho sete livros dedicados a motor que mostram tudo o que fazer para reconstruir um 273 – 318 – 340 – 360 da Chrysler. Alguns dão dicas muito curiosas de performance, stroker, etc. Uma pesquisa muito interessante para quem tem vontade de estudar e aprender esse tipo de detalhe.

Com o passar tempo e o projeto de reconstruir a suspensão do Dart, comecei a procurar por algum livro nesse estilo que tratasse de suspensão. O primeiro de qualidade que encontrei, a cerca de dois anos, foi na Amazon.com, só que ao custo exorbitante de US$ 89 à 112, normalmente pago e 15 a 25 dólares nos livros. Vale lembrar que livros não pagam imposto para entrar no Brasil. Entrei diversas vezes na Amazon nesses anos e sempre estavam lá, cinco exemplares do livro nessa faixa preços. Na iminência de iniciar efetivamente o trabalho na suspensão decidi que pagaria aquele tanto pelo livro. Diante da finalização da compra, com o cartão de crédito em mãos, resolvi procurar mais uma vez no E-Bay, já havia tentado, mas sem sucesso. Desta vez apareceu um exemplar do livro, no perfil de um vendedor de bíblias, ao custo de apenas US$ 19! Não pensei duas vezes e comprei.

Depois de longos dois meses de espera o livro chegou às minhas mãos:

 

O livro foi escrito por Mike Martin e é de 1984. Apesar da idade está em perfeito estado de conservação, tirando o amarelado das páginas. Parece que o livro nunca havia sido aberto antes, tem inclusive, a etiqueta original com o preço. Até agora não vi nenhum riscado, amassado, rasgado, orelha, sujeiras… Muito bom!

Quanto as informações, ele não é Passo-a-Passo como os de motor que tenho. Traz, inicialmente, a teoria básica sobre suspensão automotiva, como: centro de gravidade, aceleração lateral, distribuição de peso. Ao avançar na leitura, temos mais detalhes sobre a suspensão dos nossos Mopars explicando a importância e a função de cada peça, como escolher conjunto adequados à sua necessidade, etc. Mais uma fonte de qualidade para pesquisa.

André Monc