Encontro Paulista de Carros Antigos em Águas de Lindoia

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Encontro Paulista de Carros Antigos

Depois de mais de cinco anos sem frequentar o Encontro Paulista, visitei o tradicional evento. Não sabia ao certo o que esperar, depois da onda de importação e a facilidade crescente de acesso a peças no exterior, devia estar muito diferente. Mas já sabia que encontraria o melhor da Mopar sendo representado. Antes mesmo de ir para o hotel, pude ver o ‘Cuda AAR do Dení manobrando para a sua vaga, para um apaixonado pelo modelo, já comecei a gostar do evento.

Cheguei na sexta feira e de imediato fui dar uma volta e ver os Mopar´s presentes. Já com pouca luz, ao final do dia, pude ver belos exemplares nacionais e americanos já estrategicamente posicionados. Entre eles novamente o AAR, extremamente rico e fiel aos detalhes, também um Charger 75 e dois Darts 71 em perfeitas condições. Me chamaram atenção também um Challenger 70, um Dart 81 e o Road Runner. Interessante foi perceber que já havia visto fotos de praticamente todos eles pela internet. Devido a luz, esperei o próximo dia para fotografar.

Na manhã de sábado, logo cedo, fui novamente passear pelos carros de evento e fazer uma parada estratégica na ala Mopar. Em algum momento desse mesmo dia, não me recordo, começou a chover e só parou na segunda feira de madrugada!! Quem se deu bem foi o VW anfíbio. Tiveram momentos em que a chuva ficava mais forte, praticamente impossibilitando caminhar pelo evento e em outro cedia um pouco, permitindo que os convidados pudessem comprar suas peças e ver os carros. Sempre trajando uma capa plástica numa tentativa de se proteger. Durante o domingo e a segunda, passeava quando São Pedro, permitia principalmente pela feira de peças, e conversava com os amigos quando caía muita água.

No último dia, terça feira, amanheceu com o melhor dos climas, ensolarado e levemente frio. Finalmente poderíamos caminhar novamente, fazendo as últimas compras e vendo a dificuldade de tirar alguns carros. Depois de quase três dias de chuva, a grama estava um puro lamaçal, sendo alguns carros puxados por um trator. Fui embora satisfeito pelo que vi e pelas companhias que tive, meus pais, uma família muito amiga e  meus chapas do Planalto.

Em matéria de carros deu menos do que da última vez que fui, a praça ficou mais vazia. Curti muito a dimensão que a feira de peças atingiu, com bastante diversidade para reposição ou performance. Do básico, tinha praticamente tudo. Foi diferente participar das festividades oficiais do encontro, que também fazem parte da minha escola antigomobilista. A área de veículos à venda estava parecendo um festival nos EUA. Muitos carros americanos disponíveis, entre eles Mustangs, Camaros, Corvettes, Cadillacs, BelAirs, Barracuda, moto Boss Hoss V8, além da presença de Europeus como BMW, Alfa Romeu e Mercedes. Os antigos nacionais também pesaram na feira de usados com Dodges, Mavericks, Galaxies (contando LTD e Landau), Vemags. Bom momento para o mercado carros antigos.

Fiz alguns registros do que mais gostei, segue as fotos dos Mopars:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um pouco da feira de peças:

 

 

 

Os off-topic:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Galera:

 

 

Bom amigos, esse foi um resumo do encontro de Águas de Lindóia de 2012. Espero que gostem das fotos e comentem se quiserem.

Seguimos conversando.

André Monc

 

Encontro Paulista de Carros Antigos em Águas de Lindoia

São 7h da manhã, portanto, bom dia a todos!

Estou  indo para Águas de Lindoia, um do maiores eventos nacional de carro antigos. Já tem alguns anos que não vou à esse encontro, expectativas a mil. Se conseguir boa conexão no hotel vou publicar fotos dos Mopar mais interessantes que estiverem presentes e espero conhecer a galera que já conheço aqui pela interne. Pura diversão. No flyer tem a datado encontro de Hots e Especiais, quem sabe marco presença lá também.

Grande abraço a todos.

André Monc

Dart 78.1/2 parte 18: suspensão traseira

Finalizando a suspensão traseira

E aí Mopar-mans! Começo essa postagem falando de um erro que cometi, muito bem visto pelos amigos do Yahoo Grupo Dodge V8. Eu havia montado as buchas de poliuretano do feixe de mola com graxa normal, de imediato fui alertados que ela agride o material e acaba perdendo a bucha. Não tive outra escolha, tirei tudo de novo, lavei, limpei, sequei para em seguida montar de novo.

Antes de colocar tudo junto de novo comecei a procurar pela Graxa de Silicone, seguindo os conselhos da galera. Ela é inerte quimicamente, não é corrosiva nem toxica, podendo ser usada nas buchas de poliuretano sem problemas. Fisicamente parece lubrificar melhor, é mais sólida e mais fácil de aplicar que a graxa convencional. Comprei dois potes de 50 gramas da marca Implastec na loja Contato, uma loja de instrumentos musicais e eletrônica daqui de Brasília. Conselho: NÃO comprem no MercadoLivre!! Lá vi preços de R$ 18,00 à 30,00 para o pote de 50g, gastei R$ 19,00 em 100g! Procure em lojas de equipamento eletrônicos, a graxa de silicone é muito usada para essa finalidade.

Vamos à montagem:

Primeiro limpei o big eye com uma retificadeira pneumática. É impressionante o cheiro de borracha que sai, vários resíduos. Depois de limpo, aplique a graxa de silicone por dentro do big eye.

Engraxar as buchas de poliuretano. Instalar as buchas no feixe de mola. Se necessário use um martelo de borracha para ajudar.

Engraxar e instalar o cano central. Depois disso é só colocar o suporte dianteiro. ATENÇÃO: essa foto tirei quando instalei com graxa normal. Acabei não tirando com a graxa de silicone. Mas serve para mostrar como fica tudo depois de montado.

Agora suporte traseiro. Primeiro colocar as duas buchas no feixe e instalar o suporte. Para finalizar, repetir o passo anterior para a outra extremidade do suporte. O feixe está pronto para voltar para o carro.

É isso galera. Me desculpem pelas fotos sem foco, estava trabalhando sozinho e ficou complicado tirar foto de tudo, ainda mais mexendo com graxa. Mas queria aproveitar a postagem para um pequeno preview da suspensão do lado do motorista, já tudo no lugar:

 

 

Seguimos conversando.

André Monc

Dart 78.1/2 parte 17: disco de freio

Disco de freio: Original X Fremax X Argentino

Você deve se recordar do tópico sobre a adaptação do disco de freio do Mégane no Dart, é a Parte 9 da reconstrução. Nesse artigo  está disponível o PN e demais informações de como proceder, caso seja essa sua opção. Mas acabei mudando os planos apesar dessa ser uma boa saída. Os meus discos da Fremax já estão cortados nas medidas certas para o Dodge, só falta fazer um espaçador e colocar no carro.

Acontece que no meio do caminho conheci o Douglas. Ele vende discos de freio plug-and-play (pronto para instalar) para Dodge nacional. São peças importadas da Argentina e furadas na oficina dele, com todas as medidas zeradas feitas com mesa divisora. Eles podem ser usados tanto na furação brasileira 5×108, quanto na americana 5×114,5 (mesma do Opala e Maverick). Todo disco que ele faz é previamente instalado em um cubo para checagem final e em seguida está pronto para o envio. Além disso, o disco vem com uma chapa para a instalação correta e vem na furação desejada. Quem tiver interesse nos discos, entre no perfil do Douglas no MercadoLivre, certamente você será bem atendido e terá todas suas duvidas sanadas. O pessoal daqui de Brasília pode entrar em contato direto comigo, é um caminho mais fácil.

Continuando o artigo, hoje comprei parafusos allen rosca NF 7/16 x 1,1/4, arruelas de pressão e adesivo trava rosca torque médio para montar os discos no cubo. Cheguei, inclusive, a comprar um jogo de parafusos sextavados, mas graças a um conselho do meu chapa Alexandre Bertoni, fui para o allen. Segundo ele, o allen tem mais resistência na cabeça que o sextavado, e como é uma região como muita trepidação não achei que valesse a pena arriscar. Fica a dica.

Passo-a-passo para a montagem do disco de freio no cubo de roda:

Posicionando a chapa de instalação no disco de freio. Ela é presa por dois parafusos allen e suas porcas. Separando o material. A cola trava rosca, os parafusos e suas arruelas de pressão, o cubo de roda e uma chave Irwin allen de 3/8.

Instalação do cubo de roda no disco. As medidas são bem precisas e ficou muito bem encaixado. Passar a cola trava rosca no parafuso allen e apertá-lo com a Irwin 3/8. Segundo a embalagem, a cola cura completamente em 24 h.

Já com todos os parafusos no lugar. Usei uma chave combinada 1.1/4 da Gedore para dar mais torque. A chave allen da Irwin é muito curta, com a alavanca o aperto fica melhor. Só por os rolamentos e voltar para o carro!

Seguimos conversando.

Monc

Dart 78.1/2 parte 16: buchas do feixe de mola

Retirando as buchas do feixe de mola

Sem dúvida, até agora, este trabalho foi o mais difícil da reconstrução da suspensão do Dart, substituir as buchas originais do feixe de mola pelas de poliuretano da Energy Suspension. Bem, aproveitando o feriado de páscoa, na sexta feira da Paixão (por Dodge), troquei as buchas, junto com uma galera muito gente boa para ajudar. Ao todo são quatro no jumelo (chamado de suporte traseiro no manual da Chrysler) e uma no suporte dianteiro, ou big eye, como é conhecido nos EUA. A única diferença entre as peças antigas e novas, é que as buchas de poliuretano do suporte dianteiro vem em duas metades. Isso torna a instalação mais fácil e sem a necessidade de prensa, o que seria extremamente necessário para colocar buchas de borracha originais.

Para remover a bucha que estava na mola, o correto é utilizar uma prensa. Mas diante da impossibilidade de usar prensa, a ideia foi furar a bucha com uma broca parar tirar parte da pressão a que está submetida, facilitando a desmontagem. O melhor de tudo é que funcionou! Foram feitos cinco furos atravessando a bucha, com direito a “burnout“, faz uma fumaceira com aquele cheiro bom. Em seguida foi aplicado WD-40 nos furos e assim cano central já pode ser removido com a ajuda de um alicate bico de papagaio. Usando uma chave de fenda a bucha borracha antiga foi removida. Depois vem a pior parte!! Difícil mesmo foi tirar a capa, ou sleeve, de metal que fica preso no big eye do feixe. Para isso foi usado um formão, martelo, chave de fenda e muita força de vontade para cortar o metal. Por alto, foram umas três horas de trabalho no total.

Segue as fotos do passo-a-passo:

Suporte dianteiro ainda com a bucha original. Para remover o suporte, basta tirar o parafuso. A bucha a mostra. Pouca deformação, a do outro lado estava muito pior. Toda rachada e deformada.

Furando a bucha. Já sem o cano central. Repare nos furos feitos com broca e por onde apliquei o WD-40.

Removendo a bucha original com ajuda de uma chave de fenda. Sem a bucha no big eye. Repare na capa de metal, ou sleeve, que ficou no feixe de mola.

Essa é a pior parte!! Cortar a capa de metal com um formão. Eis o que sobrou das buchas originais e seus componentes.

Um agradecimento mais que especial para alguns amigos que me ajudaram no trabalho com os feixes de mola. Dudu (Opala SS 350-V8), corte das capas de metal; Jouber (Maverick Super), fotos do passo-a-passo; Javier, filho do Jouber; Rafael Pescoço (Puma), montagem dos feixes no carro; Junior (Maverick Super-Batman), trouxe as brocas e ajudou no corte das capas; Ged´s (uma porrada de carro) que emprestou ferramentas e a “Sede”, a casa dele onde a gente faz essas loucuras. Estavam presentes também: Paulo Pó (Astra 2025), Pacheco (Honda VTech), Flávio 1/2 Homem e sua digníssima, Fernanda (Dart 76).

É isso aí galera!

Seguimos conversando.

André Monc

Dodge SRT Viper GTS

Dodge SRT Vipert GTS

A nova mantenedora do grupo Chrysler, a FIAT, divulgou algumas fotos oficiais do novo Dodge Viper.

O Viper ficou com um lookmais EURO e conta com alguns apretechos eletrônicos, como controle de tração e suspensão ativa, que certamente torna o carro mais dócil de guiar. A contramão disso é que deixa de ser aquele carro agressivo, tendo que ser tocado no braço. Diria que era um New Muscle Car, e ainda assim detinha recordes em várias pistas pelo mundo, como Laguna Seca e Nürbugring, à frente de carros comandados por computador.

A boa notícia é que se manteve o grande motor V-10 8.4, da linha de motores LA, como 640 hp e 82 kgfm de torque, números dignos da sua história.

Aguardo maiores informações sobre o novo Viper!

Seguimos conversando.

André Monc

(fonte: www.topgear.com)

Livros técnicos

Aprendendo com os melhores

Para abrir o mês de abril, vou postar toda minha coleção de livros técnicos, todos importados diretamente dos EUA com muitas informações valiosas e repletos de fotos. Acho que parte da forma como o MundoMonc está estruturado tem a ver com esse tipo de leitura. Acabei incorporando o estilo “do it your self“, muito difundindo na terra dos V8 e pouco aproveitado aqui no Brasil. Mas para “fazer por si só”, é necessário algum guia, algo que direcione e indique as melhores práticas e dicas, ainda mais para os poucos experientes. A maiorias dos meus livros garante que seguindo os passos indicados, mesmos os rookies, conseguem finalizar um bom trabalho. Por isso que recorro a esse tipo de fonte, mesmo porque foram escritos por pessoas que já fizeram dezenas, senão centenas, de vezes o mesmo serviço. Fica aí a dica.

A Biblioteca

Como todo bom auto-entusiasta, as questões de motor e preparação foram minhas pesquisas e estudos iniciais, o que durou alguns anos. Acreditava que um bom e forte motor já era o suficiente e por isso minhas primeiras compras foram livros sobre os small block da Mopar. Comprei dois sobre reconstrução e um com temática voltada para preparação. Depois de algum tempo achei um específico sobre como colocar grandes deslocamentos nos blocos pequenos.

DON TAYLOR e LARRT HOFER. How to Rebuild Small-Block Mopar Engines – New York: HPBooks, 1982.

WILLIAM BURT. How to Rebuild  the Small-Block Mopar – North Branch: S-A Design, 2007.

LARRY SHEPARD. How to Hot Rod Small-Block Mopar Engines – New York: HPBooks, 2003.

JIM SZILAGYI. How to Build Big-Inch Mopar Small Blocks – North Branch: S-A Design, 2005.

Buscando mais conhecimento, resolvi comprar alguns livros mais genéricos sobre mecânica e construção de motores. Acho importante contar um pequeno detalhe. Dos quatro livros já sitados, dois deles tem um capítulo dedicado exclusivamente à “blueprinting”. De cara esse termo me chamou atenção e lendo com mais cuidado, os autores comentam sobre a importância de fazer essa etapa na montagem de qualquer motor de performance, e eu acrescentaria, qualquer montagem de motor. Então encontrei alguns livros dedicados ao tema e acabei escolhendo um, mas claro que futuramente, comprarei os outros. Os outros genéricos que já tenho são: um de matemática automotiva, que é um arquivo das mais importantes fórmulas e cálculos que envolvem a construção de motores; e, outro, sobre a utilização de supercharger. .

RICK VOEGELIN. The Step-by-Step to Engine Blueprinting – North Branch: S-A Design, 2005.

JOHN LAWLOR. Auto Math Handbook – New York: HPBooks, 1992.

CORKY BELL. Supercharged! – Cambridge: Bentley Publishers, 2001.

Quando me surgiu a necessidade de aprender sobre suspensão comecei a procurar livros semelhantes que tratassem do assunto. Logo descobri que não seria uma tarefa tão simples. Não existe muita literatura sobre o tema. Durante as buscas, me deparei com um livro que me chamou atenção. Foi no site da Amazon que encontrei um primeiro candidato à compra  . Mas com o preço variando de US$ 89,00 à US$ 110,00, aproximadamente, não tinha coragem de comprar, já que pagava US$ 15,00 em média nos livros. Aí que parece que a lei da atração realmente funciona. Sem muita saída, decidi pagar os quase cem dólares em um livro usado. Já no check out, pouco antes de colocar os números do cartão de crédito, decidi dar uma última olhada no E-Bay. Fiquei pasmo e feliz da vida ao encontrar um exemplar em boas condições ao custo de US$ 19,00, se não me falhe a memória. Na hora sai do site da Amazon e fechei negócio com um vendedor de bíblias no site de leilões americano! Só alegria. Pouco tempo depois achei um outro que me interessou. A começar pelo autor, um tal de Carroll Shelby, acho que vocês sabem quem é o figura, dispensa apresentações. Esse foi mais fácil de comprar e ainda tem alguns exemplares a venda no E-Bay. Esses dois são meus xodós, já que são livros antigos e fora de circulação. Mal saem de casa!

MIKE MARTIN. Mopar Suspensions – California: S-A Design, 1984.

DIRECT CONNECTION. Mopar Chassis Carroll Shelby´s Speed Secrets – Chrysler Corporation, 1984.

A postagem ficou um pouco longa, mas espero que gostem das dicas. Pelo custo e facilidade, acho que vale muito a pena todos os “cabeça-de-engrenagem” construírem sua biblioteca particular. Uma eterna fonte de pesquisa! Lembrem-se de que os livros não pagam imposto para entrar no país e pedir e ser feliz.

Seguimos conversando.

André Monc

Leia também as postagens: Livros Americanos e  Ajuda gringa de primeira qualidade.

Trilha sonora: ELP e Gentle Giant, progressividade da pesada.

Mopar dos sonhos – The High and Mighty

The High and Mighty

Já tem um tempo que não posto um Mopar dos sonhos. Esse, especificamente, é um mais um sonho infantil do que vontade de ter o carro realmente, já que não serviria para passear pelas belas ruas de Brasília. Porém, certamente, seria muito divertido ganhar algumas provas de arrancada aqui na Capital Federal. O Mopar em destaque nessa postagem é um Plymouth 1949. Modificado em meados da década de 50 por engenheiros da Chrysler, verdadeiros gearheads, que trabalhavam nas horas de folga por diversão e amor à velocidade.  Esse grupo de engenheiros passou e se chamar Ramchargers, que depois ficou internacionalmente famoso com seus carros vermelhos e brancos, admirados até hoje por Mopar-Maníacos e temidos pelos rivais.

Apelidado de “The High and Mighty“, o Plymouth 49 foi o primeiro carro construído pelo grupo. Mesmo com orçamento que beira o ridículo, cerca de US$ 200,00 – 300,00, o carro fez bastante sucesso nas pistas de arrancada, até mesmo pelas suas características exóticas. O carro era equipado com o melhor motor para arrancada da sua época, um Hemi 354 montado com cabeçotes do Hemi 392, que contava com válvulas maiores, permitindo melhor fluxo. Para alimentar bem esse equipamento, os engenheiros viciados em drag racing, usaram dois carburadores quadrijets Carter, instalados no que é considerado a primeira Tunnel-Ram da história. Outro “detalhe” que é impossível de passar despercebido, eram os coletores de escape, que foram inspirados em descargas de moto. Com oito saídas diretas de cada lado, em forma de megafone, era o carro mais barulhento das provas que participava, incluindo os dragsters, garantindo a intimidação dos adversários.

Infelizmente o carro desapareceu anos atrás. Mas, felizmente, a Chrysler Employees Motorsports Association, recriou o clássico com  fidelidade às características originais, dando-nos a oportunidade de conhecer o carro e imaginar como foram seus anos de glória. Com certeza um dos carros mais racing, como diria meu amigo Ramirez, que existe.

Algumas fotos do original:

 

 

 

 

 

Fotos da réplica:

 

 

 

 

Para encerrar, um pequeno vídeo para escutar o carro em funcionamento:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=nR6jOYfIjtc]

Seguimos conversando.

André Monc

(fonte: http://www.hotrod.com/featuredvehicles/113_0704_ram_rod/viewall.html)

(fonte: http://www.allpar.com/racing/high-mighty.html)

(fonte: http://justacarguy.blogspot.com.br/2010/12/high-and-mighty-mopar-engineers-and.html)

(fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ytvIWsasyp0)

Dart 78.1/2 parte 15: customização da bucha do tirante

Preparando a bucha do tirante

Olá leitores viciados em Dodge! Eis mais um tutorial para aqueles que se aventuram na novidade. A questão que será abordada nesta postagem é sobre um assunto que já foi tratado aqui no MundoMonc.com, caster. Alguns de vocês devem estar se perguntando o que a bucha do tirante, ou strut rod, tem a ver com a regulagem do caster nos nossos Mopars. A resposta: TUDO. Uma breve explicação resumida, o caster nada mais é que a inclinação da manga de eixo, positivo quando a parte de cima está inclinada na direção traseira do carro e a parte debaixo, para frente, negativo, na inclinação contrária (curiosos leiam: Sobre projetos – Parte 1 – Indicadores de avaliação (caster e camber)).

Voltando ao nosso caso específico, os A-Bodies brasileiros, a regulagem de caster e camber são feitas pelos mesmos dois parafusos excêntricos, de cada lado, que ficam no braço de controle superior, ou bandeja superior. Só com essa característica já encontramos um problema critico sempre a regulagem de um vai influenciar na do outro, o velho jogo ganha-perde. Para alguns donos de Dodge, isso já é o suficiente, mesmo porque atende as sugestões da Chrysler. Mas como o objetivo é explorar as possibilidades do carro, para mim, isso se configura como um problema, já que limita o que posso fazer na suspensão.

Na foto ao lado, a mesma que ilustra o título deste artigo, é possível ver a bucha original Chrysler, que retirei do carro, a do meio é uma de poliuretano da Energy Suspension cortada (minha primeira experiencia) e outra, também em poliuretano da mesma marca, no seu tamanho original. O que acontece é que as buchas aftermarket, como as que adquiri, são radicalmente maiores que as originais, praticamente o dobro do tamanho. E é esse detalhe que afeta a disponibilidade de caster, já que esse “extra” vai posicionar a junta esférica inferior, ou pivô inferior, mais para trás, na direção da traseira do carro. Isso limita o grau de inclanação positiva da manga de eixo matando a quantidade de caster possível. A solução eu encontrei no FABO, onde existem algumas postagens explicando e ensinando essa manha e com um pouco de coragem, é só levar num torneiro e mandar a faca.

Nesse primeiro teste, o torneiro cortou cerca de 9 mm, tirando um pouco de cada lado da bucha. É importante manter aquele formato cônico que encaixa nas arruelas do tirante, garante um encaixe mais preciso.

 

Essa foi minha primeira experiência e estou avaliando tirar mais uns 2 mm da bucha, chegando a tirar 43-45% do material, aproximando ao máximo do tamanho da bucha original. É importante, também, cortar o tubo de metal que passa por dentro das buchas, tem que ter uma folga para que a suspensão trabalhe sem estressar nada.

Uma ultima foto, desfocada, para ilustrar o artigo:

Foi o Eduardo que cortou as minhas buchas, senhor bem atencioso e um artista no torno. Escutou bem o meu pedido e foi muito prestativo, para o pessoal daqui de Brasília é a opção. Se chama Torneadora Edu e fica no SOF Norte, segue os contatos:

Abraços galera! Mantenha seu Mopar sempre em forma, desfazer o que o tempo faz é pior e mais difícil que sustentar! Metal tem memória!

André Monc

(fonte: várias postagens e conversas no FABO)

Trilha sonora: Recordando o Vale das Maças

Uma excelente opção para escapamento

Uma excelente opção para escapamento

Não, não é um novo empreendimento do hepta campeão de F1, já que o seu hobby é andar nas filas medianas do campeonato mundial. A Schumacher Creative Services é uma empresa estado-unidense especializada em engine swap (troca de motor) para Mopar. No site da empresa é possível encontrar várias peças muito interessantes para quem quer substituir nosso V8-318 por algum big block gringo, como um 383 ou 440. Para os A-Bodies, que é o caso dos nossos Dart´s e Charger´s, ele vendem kits especiais de coxins para a substituição de motores, torque straps (não achei alguma tradução, mas é uma barra ajustável presa ao bloco e à travessa que diminui a vibração do motor), coxins de transmissão, entre outros quitutes que valem a pena conhecer.

Small Block Hi-Flow Tri-Y Under Chassis Headers

Além das peças especificas para o swap, a Schumacher Creative Services, fabrica coletores de escape Tri-Y, que são o foco dessa postagem. Esses coletores são especialmente desensenvolvido para permitirem high-flow dos gases resultantes da queima de combustível. E tem alguns diferenciais em relação às marcas mais conhecidos no mercado. Com encaixe praticamente perfeito, possibilita utilização da caixa de direção hidráulica, além de garantir excelente espaçamento das velas de ignição. Porém requer a utilização de mini-stater e filtro de óleo pequeno, o que não é precisamente um problema, já que muitos Dodgeiros já planejam essas alterações. Outro detalhe importante é a distância do solo, que fica próximo aos dos, mais conhecidos, TTI.

Só mais uma coisa importante, esse coletores permitem a utilização do braço Pitman e auxilar fast ratio, apresentados na postagem anterior. A má notícia é o preço, US$ 680,00 sem acabamento, o cromado sai por US$ 760,00 e o revestido de cerâmica US$ 930,00. Acrescente à esse valor as taxas de handling, frete e os 60% de impostos cobrados pelo nosso governo, o resultado será estratosférico. Para quem tem orçamento disponível é uma excelente possibilidade, não ficando atrás dos TTI.

Seguimos conversando.

André Monc.